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Abstract |
Entre 1990 e 1992 a Secretaria Municipal de Educação de Campinas apoiou, nas escolas da rede, a organização de bibliotecas escolares, de forma isolada. Em 1993, deu início à construção do ‘Programa Bibliotecas Escolares’, inicialmente chamado de Projeto Biblioteca,através do estabelecimento de uma coordenação geral de ações integradas. Em 2001, o programa foi parcialmente descaracterizado e em 2002 desativado, em seu formato que já existia há 8 anos,com assessoramento aos professores e escolas e diversas atividades para dinamização da leitura. Assim, as escolas passaram a gerir, novamente sozinhas, seus espaços destinados à biblioteca.Em seus nove anos de existência, o ‘Programa Bibliotecas Escolares’ gerou uma grande e diversificada documentação escrita e visual, além de é claro, um conjunto de iniciativas,experiências e possibilidades em torno dos livros e do espaço da biblioteca no interior de um número considerável de creches, escolas de educação infantil e fundamental, pertencentes à rede municipal. Pela natureza do programa, que articulava à instalação de bibliotecas o trabalho de assessoramento aos professores, a constituição de equipes condutoras, a realização de encontros e eventos ao longo desse tempo, o programa também gerou na memória dos que dele puderam participar, um conjunto de percepções, lembranças, opiniões e avaliações. O propósito desse trabalho é buscar uma organização possível dessa experiência,
dialogando com diferentes memórias e documentos, que se encontram dispersos e fragmentados,em diferentes e variados suportes, priorizando o ponto de vista do pólo que organizou essa experiência em nível de secretaria. Tal narrativa registra uma ação coletiva em torno dos livros e da biblioteca na escola que, sobretudo, como ação institucional, como política pública para a escola e o livro, ultrapassou a mera distribuição de acervos, constituindo-se, como política de
formação continuada para professores. |
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